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Fernanda de Camargo-Moro / A Ponte das Turquesas

Estando na ponta do Serralho, e olhando em frente, na outra margem do Chifre de Ouro, a torre de Gálata chama muita atenção e marca uma das povoações mais antigas da margem norte, juntamente com Beyoglu, que nos tempos mais antigos foi conhecida como Pera. Esta palavra sig- nifica, em grego, “mais longe”, “mais além”, indicando, na época, a considerada longínqua costa setentrional do estreito. Lugar onde cres- ciam inúmeras vinhas de muito boa qualidade.

Na época do Império Bizantino, Pera dominava o burgo implantado ao norte de Gálata, que se transformou em bairro cada vez mais elegan- te. Semeados de história, os dois bairros, Gálata e Pera-Beyoglu, mere- cem uma observação detalhada, e suas ladeiras cheias de novidades se bem que às vezes íngremes demais têm sempre uma solução: quando cansar, desça, desça sempre até encontrar o mar- o Bósforo é um lugar de fácil retorno… “Ou então tome o túnel”, me indicou al- guém na minha primeira visita ao lugar. Porém falou em turco, língua de belo som que às vezes conta com ampla gesticulação. O que seria o túnel? Esta fora a única palavra que eu entendera. Perguntei a outra pessoa, arrastando uma língua turca de vocabulário turístico: O que é “túnel?” Desta vez a resposta veio com um sorriso muito doce, mas novamente em turco. Preferi então tentar descobrir sozinha que mara- vilha era aquela que podia me suspender pelas ladeiras.

Saindo das vizinhanças do Pera Palas, em pleno Beyoglu, eu tinha tomado o caminho que desce para a torre de Gálata, cujo teto cônico, a 62 metros de altura, serve como excelente ponto de referência para conhecer o bairro que leva seu nome. Edificada no século XIV, como fortificação, esta gigantesca construção domina a parte setentrional do Chifre de Ouro. Seu entorno, a pequena cidade fortificada da primeira época greco-bizantina, e, portanto anterior a Istambul, teve grande de- senvolvimento quando os genoveses passaram a controlá-la no século XIII, tornando-a uma cidade dentro de uma cidade, e uma cidade oci- dental dentro da cidade oriental.

No século XI, os basileus já tinham autorizado Veneza e outras cida- des-estado italianas, entre as quais a república de Gênova, a estabelece- rem entrepostos comerciais em Constantinopla. Quando os venezianos e os cavaleiros cruzados tomaram a capital bizantina em 1204, os genoveses foram expulsos por estes do Chifre de Ouro, e obrigados a emigrar para a cidade da outra margem, onde também assumiram o porto. Em 1261, os Paleólogo recuperaram Constantinopla, mas tive- ram que pedir ajuda à república de Gênova para continuar a fazer face não só à muito poderosa República Sereníssima de Veneza, mas tam- bém às forças de ocupação cruzadas, os denominados latinos, que ain- da permaneciam nas redondezas.

Ceyda Işık Kumyalı

Author Ceyda Işık Kumyalı

2002 yılında Uludağ Uluslararası İlişkiler Bölümünden mezun olduktan sonra birkaç farklı iş dalında çalışıp yapmak istediğim işe karar verme sürecinin ardından 2008 yılında biblioteka kültür merkezinde Sevgili Gazi Ünsal ile çalışmaya başladım. Burası hayatımda dönüm noktası oldu. 14 yıl burada dil eğitimi programlarının planlanıp, organize edilmesinden; çeşitli kişisel gelişim seminerlerinin programlanmasına kadar bir çok konuda biblioteka kültür merkezinde yönetici konumunda çalıştım. 2022 yılında biblioteka kültür merkezi kapanınca DORE Mentor olarak kendi şirketimi kurdum ve aynı ruhla çalışmaya devam ediyoruz....

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